Milhares de animais chegam diariamente a abrigos ou estão nas ruas, sofrendo com a falta de comida e água, mas principalmente de carinho. Você já pensou em adotar um desses animais e lhe dar uma segunda chance de ter uma família e um lar?
Adotar é gesto de bondade e solidariedade com animais abandonados ou que nasceram e cresceram na rua sem ter nunca sentido o que é o aconchego de uma família.
Se você já vem planejando em adotar um animal, é importante ficar atento a algumas informações. Separamos algumas dicas para você em texto e vídeo para escolha o meio que mais lhe agradar ;)
Sua família está de acordo com a adoção?
Um dos fatores que levam ao abandono de cães e gatos é a não aceitação de alguns membros da família, principalmente quando o animal deixa de ser filhote. Por isso, converse com sua família antes de adotar, esteja ciente de que todos concordam. Também se certifique se terá tempo e disposição para brincar com o animal. É preciso também pensar a longo prazo. Você terá onde deixar o animal quando viajar? Terá condições financeiras de oferecer a ele algum tratamento ou vacinas?
Procedimento para adotar um animal
Cada centro de adoção tem suas regras, mas há medidas comuns a todos. No caso de adotar um animal de abrigo o adotante precisa ser maior de idade e apresentar CPF, RG e comprovante de residência. Antes de levar o bicho para casa, passará por entrevista em que será possível verificar se realmente tem condições de adotar. Feito isso, é preciso assinar um termo de responsabilidade, declarando assumir os cuidados com ele.
O animal deve estar castrado
Segundo a lei 12.327/97, o animal só pode ser doado se estiver castrado. Esta é uma condição imposta às ONGs, e no Estado de São Paulo está em vigor desde 2000. A regra instituiu a Campanha de Controle da Natalidade de cães e gatos. A castração também colabora com a boa saúde e qualidade de vida dos animais.
Comportamento e o tamanho do animal
Antes de ser colocado para adoção, ele é tratado, vacinado e castrado. Durante esse processo, a entidade responsável passa a conhecer o bicho. Quando há um traço de personalidade que possa implicar dificuldades de relacionamento, os futuros donos são avisados. Em relação ao tamanho que irá atingir, não se pode afirmar com precisão. Profissionais estimam as medidas futuras do pet a partir do tamanho da pata. Se o tamanho é questão importante para você, adote um adulto, que já passou da fase de crescimento.
Maus tratos e agressividade dos animais
Animais que sofreram maus tratos não serão necessariamente agressivos. Eles podem associar algum comando ou atitude do dono à época dos maus-tratos e, nesse caso, ficar bravo para se defender. Exercícios de adestramento são importantes. É preciso apenas saber que atitude desencadeia a reação negativa e evitá-la. E ter paciência com que o animal se acostume e crie confiança no seu dono.
Adoção de adulto ou filhote?
Filhotes dão mais trabalho no início, mas aprendem mais rápido. Adultos já podem ter adquirido hábitos, mas nem por isso deixam de se adaptar.
Filhotes precisam gastar energia e adultos são mais calmos. Independente da idade, o temperamento determina o sucesso do adestramento. O importante é respeitar o tempo do animal e oferecer recompensas.
Sinais de que o animal está com problemas de saúde
Secreção nos olhos, pelagem opaca, descamação na pele, odor na boca e nas orelhas são sinais de que há algo errado com a saúde de animal. Muitos animais disponíveis para adoção foram vítimas de violência ou passaram por tratamentos de saúde. Na carteira de vacinação de cães devem constar as vacinas antirrábica e V8. Na dos gatos, antirrábica e, se possível, a V3.Mesmo sem sintomas aparentes os exames são importantes para diagnosticar qualquer problema.
Adaptação do animal com o dono
Cães e gatos se adaptam facilmente. Se bem tratados, ficarão calmos e felizes no novo lar. Tenha paciência e cuidados diários para que o animal se adapte as mudanças.
Integração de animais
Se você já tem um cão ou gato e adotar mais um animal tenha paciência. O processo de adaptação pode ser longo. Profissionais recomendam que cães se conheçam fora de casa, em território neutro. Saia para passear com um deles e peça a outra pessoa que traga o outro. Deixe que se cheirem e estabeleçam a hierarquia. No caso de um ficar agressivo, repreenda-o, mas não deixe de confortar ambos, demonstrando sua vontade de que convivam bem juntos. Na casa, cada um deve ter brinquedos e tigelas próprios. Com felinos, o processo é parecido. traga o novo gatinho e deixe-o em um ambiente separado. O gato mais velho sentirá o cheiro e, aos poucos, ambos poderão conviver.
E atenção! Também há casos em que a adoção não deve ser feita:
Adotar exige responsabilidade. Não se esqueça de que o animal já pode ter sofrido muito e merece ser feliz.
Fonte: Casa e Jardim e Blupet